29.12.06

Igualzinho ao ano passado...

Investir mais tempo em mim. - Feito, mas mais nunca é demais!

Investir mais dinheiro em mim. - Feito. Idem ao anterior

Investir mais dinheiro no banco. - Feito. Idem ao anterior

Voltar a jogar basquete pelo menos uma vez por semana. - Não feito. Mas vou continuar tentando...

Voltar a mergulhar. Desta vez é sério. - Feito. Hora de fazer o curso avançado...

Pular de pára-quedas. Mas só se eu tiver coragem. - Não feito. Mais por falta de tempo e dinheiro que de coragem. Continua nos planos.

Pular sem pára-quedas em todos os projetos que me pareçam válidos e pertinentes. - Feito. Inclusive, eu tenho um novo emprego, e amo muito tudo isso.

Abraçar e beijar meus amigos e amigas. Mais e melhor. - É... Feito. Mas vamos continuar na luta!

Sem pretensões e motivações religiosas, perdoar. - Humm... Sei não...

Exercer um pouco mais de tolerância.

- Ou não. - Ou não...

...Tudo bem, tudo bem: risca a tolerância. Quero continuar sarcástico e debochado. Eu gosto assim. - Adoro Assim!

Conciliar minhas duas vocações, ainda que muita gente insista em me chamar de louco. - Tá difícil...

- Aliás, quero continuar louco, sob todo e qualquer aspecto. - Fácil!

Em 2006, espero continuar sorrindo. - Em 2007 também.

Muito. - Com certeza.

E quero também escrever uma mensagem de fim de ano mais original e menos piegas do que esta. - Fica pra 2008.

Que os Deuses Antigos me concedam autencidade para ser eu mesmo, só que melhor. - Amém.

Felizes 365 dias para todos. - Amém de novo.

PS: Alguém ainda passa por aqui?

27.11.06

Uma nota de louvor e graças

Obrigado, Senhor, pela alta tecnologia em processamento de dados aplicada à diversão eletrônica doméstica!
Graças aos Céus! - O Playstation 3 já é uma realidade!

9.11.06

Não há lugar melhor que o lar

A igreja da Penha quando se pousa no Tom Jobim.
A Guanabara e o Pão de Açúcar quando se aterra no Santos Dumont.
A fábrica de sabão quando se desce a Brasil.
O Fundão quando se vem pela Linha Vermelha.
Viajar é ótimo.
Mas chegar é melhor.

27.10.06

Só acontece comigo...

É uma dessas cenas inusitadas, que só mesmo uma idílica noite de sexta-feira pode produzir: o sujeito vontando da academia, divindo os exíguos quatro metros quadrados do elevador de serviço com uma linda e unida família de cinco gordos, todos armados com sundaes do McDonald's... Dá para começar o fim de semana com bom humor, não?
(...)
Torcendo para que consertem a bosta do elevador social na segunda-feira.

13.10.06

Filosofando com os peixes...

A minha singela contribuição para que você, caro leitor, tenha uma vida mais feliz e não morra do coração antes dos 40: não alimente suas nóias e problemas mais do que o necessário. Eles podem se voltar contra você...
"Quando vem maré de azar, baiacu estressado é bola." - Glauco Procurando Nemo Paiva

4.10.06

Lições aprendidas

Mantive o título, mudei o texto. Eu queria escrever aqui um comentário sobre a delicada relação entre repórteres e assessores de imprensa, tomando por base a cobertura do acidente aéreo da última sexta-feira. Após alguns minutos parado em frente à tela, cheguei à conclusão de que tenho medo de escrever esse texto. Não sei quem poderia vir a ler, não sei como iria me interpretar. Sentir-me impedido de escrever é algo absolutamente novo. E a sensação, posso dizer, é péssima. Iniciei várias frases, deletei-as todas. O cursor vai e vem numa dança inútil e irritante. Tanto a dizer; tanto receio de alimentar velhas e improdutivas polêmicas. Medo de irritar colegas que viraram amigos, vontade de fazer entender que, em certas horas, não se pode confundir relações pessoais com trabalho. Sinceramente, eu espero que compreendam isso... Eu acho que entendem. Quero acreditar que sim.
(...)
Era para ser um breve e produtivo ensaio, que levasse à reflexão sobre fluxo de informação e trabalho jornalístico. E tudo que consegui até agora foi esboçar um patético pedido de desculpas por erros que sei não ter cometido, enquanto, entre a cabeça e o teclado, alimento com vitaminas a indignação que estou sentindo com a atitude de alguns coleguinhas lá fora.
Talvez seja melhor parar e voltar outro dia. No campo pessoal, palavras não expressam o pesar por 154 vidas perdidas. No terreno profissional, têm sido dias de árduo aprendizado. Pelo que me vejo, de maneira acridoce, grato. É isso: não vai acabar amanhã, então vou calar a boca e continuar mastigando... só espero que não me venha um gosto amargo no final.

2.10.06

Agora é que são elas!

Eu juro que já desconfiava... Depois que o sujeito pagou o mico de não aparecer no debate, só podia dar nisso! E a piada do ano fica mesmo com o tal "núcleo de inteligência de campanha" petista. Fato: eles devem ter um rigoroso teste de Q.I., acompanhado de impossível seleção psicotécnica, para garantir que apenas zebras prenhas e avestruzes estéreis façam parte desse fechadíssimo grupo de inegável e devastadora influência... sobre o próprio partido - como se o PT já não estivesse suficientemente atolado na lama. Dizem até que, independentemente do resultado das eleições, esse pequeno conglomerado de gênios vai mudar, de vez por todas, uma das mais arraigadas regras de costume do país: quando outubro passar, estará convencionado que o corno é sempre o penúltimo a saber; porque o último é, invariavelmente, o Lula.
Isto posto, ainda há uma ponta de esperança para o Rio de Janeiro... Ainda dá para derrotar o PMDB de menininhos e Marias Rosinhas no estado. Até que enfim uma boa notícia!
- Atenção: este blog virou arena eleitoral... Dane-se. Mais quatro anos de assistencialismo com dinheiro público não vai dar. Aí é melhor partir pra ignorância e desmembrar de vez a Guanabara. Juro que todo mundo vai ganhar mais com isso. Denisão na cabeça. O resto a gente vê depois, se a PF e o TSE deixarem...

26.9.06

Com que roupa?

Sempre resisti em discutir eleições por aqui. Acho que voto é uma coisa muito sua, ou minha, e a não ser que nos sentemos em uma mesa de bar ou de universidade para discutir, ninguém tem nada com isso. Ocorre que minha angústia eleitoral chegou a níveis insustentáveis. Preciso de ajuda, ou ao menos de uma consultoria camarada...
Não vou votar no Lula. Isso tem menos a ver com a minha decepção de jovem-jornalista-de-esquerda; e mais com a minha simples impressão de que, se eleito, o sujeito não vai conseguir chegar ao fim do mandato, e o preço a se pagar vai ser mais caro lá na frente. Rendo-me e, pesarosamente, voto no Alckmin. Aí começa o dilema: pela primeira vez na vida, entrego meu voto a um candidato de direita no Executivo, mas minha base legislativa continua de comunista pra baixo, seja no Senado, Câmara ou Assembléia. O resultado é um balaio de gatos que, em absoluto, não tem a palavra governabilidade como diretriz maior. Eu, que sempre acreditei em coerência eleitoral, vejo-me disparando votos para correntes partidárias opostas. Alguém aí tem remédio pra isso? Algum candidato ao Legislativo que seja de centro, sem aliar essa tendência ao fisiologismo pseudo-emedebista? Que situação...
Uma nota de tristeza: aos dezesseis, quando fiz questão de tirar meu título, já era difícil encontrar candidatos que prestassem. Hoje, vendo que o Collor deve voltar ao Senado pelos braços do povo, estou cada vez mais convencido de que quem não presta são os eleitores mesmo.

21.9.06

Baby Boom (Bem vindo, André!!)

Eles estão chegando. De vários úteros, em diferentes regiões do país. Depois que o Theo resolveu dar o ar da graça, o Cadu, sem dúvida um sujeito que figura entre os primeiros nomes na minha lista melhores amigos, me mandou notícias lá de São Paulo: o André também apareceu. Veio ao mundo mais um sobrinho postiço para ser mimado. Garoto, enquanto eu caminhar por essa vida louca, saiba que você vai sempre poder contar comigo.
Mas a primavera genética não pára por aí. A Claudinha, dona do My Mind Knows It - pode conferir, bem aí do lado - já avisou que a Bruna não tarda. A todos vocês que estão trazendo essas pequenas porções de alegria ao mundo: obrigado! Eu estou muito feliz e pretendo ser um tiozão de primeira, sempre ajudando na (des)educação de seus rebentos, sejam eles vindos ou vindouros!
...O único problema é que tanta placenta voando solta por aí fez com que meu incipiente e sempre hibernante instinto paterno abrisse os olhos por um breve momento para ver o que estava se passando. Mas foi só por um breve momento. Ele já viu que não tem nada com isso, se acalmou e voltou a dormir profundamente. Graças a Deus, amém; e obrigado, Senhor!

15.9.06

Para você que chega...

Teu nome sagrado,
Homenagem aos deuses,
Encontra em ti mensageiro de inédita alegria
O que nos leva todos a celebrarmos tua vinda.

Se tua caminhada que ora se inicia
Com pesar ou cinismo apresentar-te espinhos,
Hora nenhuma estarás sozinho:
Um braço forte tens aqui para amparar-te.
Se por ventura um muro alto tentar impôr-se,
Toma nas tuas as mãos de todos nós,
Os amigos de teus pais e teus amigos;
Fala mais alto à parede que te impede:

- Fúria nenhuma há de furtar-me passagem!

Busca tua vida com honra e hombridade
Um porto há de esperar-te, se navegares com arte.
Liberto seja de grilhão ou falso domínio
Kaiser de si, jamais, em teus dias, aceite o mínimo.

Olha! – Vieram todos! Estão aqui!
O teu dia que nasce, não cessam de aplaudir...
Leva sempre, criança, um pouco de nós em ti!

Seja bem vindo, garoto! Tinha um bocado de gente esperando por você.

11.9.06

A última palavra em entretenimento

Esqueça tudo o que você pensa que sabe sobre entretenimento televisivo de conteúdo. Letras Mortas apresenta um lançamento revolucionário que colocará por terra todos os seus conceitos sobre talk-shows. Pessoas de diferentes vertentes profissionais discutem os últimos acontecimentos do país e do mundo de uma maneira completamente diferente de tudo o que você já viu ou possa imaginar... Copacabana Connection - breve numa Confeitaria Colombo perto de você.

30.8.06

Veja só como são as coisas...

Não tem jeito. Todo esse carnaval astrológico em torno de Plutão foi elocubrado com o único propósito de esconder uma simples verdade: foi só mandar um brasileiro pro espaço que já sumiu um planeta. E o Lula, provavelmente, não sabia de nada.

21.8.06

Pequenas doses

Cada um tem suas pequenas receitas de felicidade. Pode ser um pôr-do-sol, pode ser um sorvete de creme com calda de chocolate. São os simples finais felizes para dias não necessariamente tristes, mas cansativos ou estressantes. Minifúndios de alegria adquirida. Nesta segunda-feira, em que comecei a trabalhar às 5 da manhã, foi sentar-me à cadeira do barbeiro para zerar o cabelo e fazer a barba, vendo a Flávia Alessandra peladona na Playboy. Me fez um bem danado, e pelo meus cálculos devo ter remoçado uns 5 anos, a julgar pela nova imagem no espelho. Hugh Hefner é mesmo um gênio... assim como o meu barbeiro.

16.8.06

Mais um passo em direção à incerteza

Atenção. Sem ponto de exclamação, para não soar alarmista, mas sem reticências, para não parecer que temos todo o tempo do mundo para refletir sobre o sexo dos anjos - Atenção: seqüestraram um jornalista. Não foi no Oriente Médio, nem na Colômbia já-não-tão-cartelizada. Foi em São Paulo. Aqui no Brasil. A poucas ruas da redação da mais influente emissora de televisão do país. E olha que isso é dizer muito, porque brasileiros gostam muito de assistir televisão.
Não pediram resgate em cifras. Se aproveitaram dos números de audiência para exigir a exibição de um vídeo com pedidos absurdos de privilégios e regalias penais em nome dos mesmos facínoras que transformaram a própria São Paulo num inferno. Conversa vai, conversa vem, e entre o delírio eleitoral do ex-governador que não fala sobre segurança pública mas quer ser o presidente de amanhã; a tergiversação crônica do ministro que parece mais ocupado em desconversar sobre os escândalos do presidente de hoje; e um secretário estadual que parece entender a polícia como um canil de cães raivosos a serem atiçados contra bandidos em também elevado grau de sandice, a maior e mais influente emissora de TV do país virou refém. E isso é dizer muito, porque brasileiros gostam muito de assistir televisão.
Sem ter o que fazer, e exercendo legítima preocupação institucional com a preservação da vida de seu funcionário, a empresa levou ao ar o famigerado vídeo. Grande erro. O custo em vidas pode ser maior no futuro, se PCC, CV, TC, ADA e tantos outros grupos clandestinos resolverem adotar o expediente para angariar espaço editorial. E todos sabemos que por aqui não há CIA, FBI ou NSA que dê jeito. Só mesmo a PF, que - coitada! - tem só duas letras na sigla. E um monte de outras coisas para se preocupar que não administração penitenciária em nível estadual - A começar pela retidão de propósito e ação da própria PF.
Uma nota sobre administração penitenciária: construíram um mega-presídio no Paraná, em que o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD, mas um na sopa de letrinhas) é levado às últimas conseqüências. São mais de duzentas celas. Seria ótimo pouso para o Sr. Marcola. Mas só Beira-Mar está hospedado lá. É isso mesmo. o Beira-Mar. Muito inteligente, não? Enquanto isso, em São Paulo, criminosos recebem o sagrado indulto do Dia dos Pais. Que idílico...
De volta à vaca fria: milhares de analistas falaram, e a grande emissora garantiu voz ativa a quem corroborou a atitude de veicular o tal vídeo. Atenção: ficou cheirando a edição tendenciosa. Não é possível que a nossa Fantástica revista semanal de domingo não tenha encontrado um do contra sequer. Mas tudo bem. O que importa é que o rapaz foi libertado e passa bem. Então, tudo acabou como deveria.
...Só que não acabou.
Atenção, muita atenção: seqüestraram um jornalista. A bandidagem rompeu mais uma barreira. Olhos abertos: muitos repórteres acreditam na ilusão de um distanciamento sociológico da notícia, e poderiam até então pensar que estavam para sempre a salvo da violência que retratam cotidianamente. Ledo engano. Ser repórter no Brasil pode ser perigoso. Muito perigoso. E não há nada de acadêmico ou sociológico nisso. Já não é mais preciso subir o morro para correr o risco de morrer queimado (Salve, Tim! Rogai por nós!). Nestes dias tão estranhos, se o repórter não vai até o algoz, o algoz vem até o repórter.
Você por acaso se lembra do tempo em que se perguntava "Meu Deus, o que será que vai acontecer se eles resolverem sair das favelas e atacar no asfalto?" Faça um esforço, você vai se lembrar. Deve ter sido lá pela metade da década de 90... Pois está acontecendo. Seqüestraram um jornalista. As leis da guerra dizem que não se deve matar um mensageiro sob bandeira de trégua. Mas em tempos de caos urbano em tão óbvia ebulição, quem é o mensageiro? Qual é a mensagem? Existe trégua?
Atenção. Seqüestraram um jornalista. Negociar e ceder foi péssimo negócio. Se a moda pega, cada repórter vai virar um alvo em potencial, e nós não estamos falando de telefonemas anônimos sob ordens de um deputado que de fato não vai matar ninguém porque já está sob a vigilância dos flashes. Estamos falando de atores do silêncio e do breu social, que não têm nada a perder, e para os quais a vida - seja própria ou alheia - vale muito pouco diante do exercício de terror e afronta a uma máquina pública já enfraquecida por demais em todos os níveis para cuidar e proteger o cidadão comum. E o problema maior de tudo isso é que a história virou notícia de TV. O repórter, que poderia (deveria?) ser preservado, foi transformado na celebridade instantânea do fim de semana, a epítome maior de mais um passo que damos em direção à falência institucional do país. Os bandidos conseguiram tudo o que queriam. Viraram heróis classistas em uma operação meticulosamente bem executada. Com um detalhe: não precisaram de serviço de inteligência ou escutas telefônicas no plajamento - todo o circo foi armado com uma simples tocaia na padaria da esquina. Tudo transmitido via satélite, para milhões de espectadores no sofá da sala. Afinal, brasileiros gostam muito de assistir televisão.

10.8.06

Pela Simplicidade

Sherlock Holmes e Dr. Watson vão acampar. Montam a barraca e, depois de uma boa refeição e uma garrafa de vinho,deitam- se para dormir. Algumas horas depois, Holmes acorda e cutuca seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê.
Watson responde:
- Vejo milhares e milhares de estrelas.
Holmes então pergunta:
- E o que isso significa?
Watson pondera por um minuto, depois enumera:
- Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galaxies e, potencialmente, bilhões de planetas. Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de Sorte. Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03h15min pela altura em que se encontra a Estrela Polar. Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e insignificantes. Metereologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã. Correto?
Holmes fica um minuto em silêncio, então responde:
- Watson, seu imbecil! Significa apenas que alguém roubou nossa barraca!

7.8.06

O Porquê

Olha, eu admito...
Isto aqui está às moscas. O editor, humildemente, pede desculpas. E diz que se emenda um dia. Mas um dia é só um dia. Pode não ser hoje, muito provavelmente não será amanhã. E para quem quer saber o(s) motivo(s), o menino que reside em mim desavergonhadamente admite :
Battle for Middle Eath I
Battle for Middle Earth II
...E lá se vai o tempo que eu poderia dedicar a Letras Mortas: está sendo investido em auxiliar Gandalf e Aragorn na difícil missão de salvar a Terra Média, diretamente da tela do meu PC. Meninice. Mas está sendo ótimo. Para os chegados, recomendo ambos os títulos. E o primeiro, como de praxe, é melhor do que o segundo. Então, dito isso, volto um dia... após a derrota final de Sauron.
Uma nota oceânica: não importa o que te digam - the worst day diving is irrefutably better than the best day working.

20.7.06

Pequenas coisas

Hoje eu estava por perto e visitei uma amiga de surpresa, bem no meio do expediente. Valeu muito a pena. Ela ficou feliz, e eu também. Não é bom, isso?
...Sem mais para o momento. Ando um pouco sem ter o que dizer.

10.7.06

Tsc, tsc, tsc...

Tá legal... eu aplaudi Zidane. Aplaudi mesmo. Mas fiquei sem entender como é que um sujeito joga fora de forma tão estúpida a chance de fechar com chave de ouro a carreira. E mais: se era para dar a bendida cabeçada, não era mais prático dar logo na cara e quebrar de vez o nariz do zagueiro? Porra, que idiota!

7.7.06

Aplausos para o "maestro"

Eu não sei quem escrevu. Apenas recebi por e-mail de uma colega de trabalho. Mas é, sem dúvida, a melhor resenha que já li sobre o desastre de Frankfurt.
Não chorem. Aplaudam Zidane. Perder tempo discutindo Parreira? Tentando entender os motivos que fazem Roberto Carlos e Cafu errarem todos os lances como meros amadores nervosos numa peneira? Pra quê ousar entender o que acontece com Ronaldinho Gaúcho de verde e amarelo? Até onde vai a nossa vontade e a realidade do que se chama "CRAQUE"?
Aplaudam Zidane! Passamos 90 minutos vendo os mais caros jogadores do planeta, donos de 90% das propagandas de TV, andarem, errarem, ficarem nervosos, enquanto aquele senhor, de 34 anos, em má fase e quase sacado do time nas oitavas, literalmente acabava com 11 badalados "gênios" do futebol mundial.
Não lamentem, apenas aplaudam Zidane. Queriam show? Tiveram! Queriam craque? Ali estava! Queriam o melhor do mundo? Ele era o carequinha de branco, com a 10. Queriam lances de gênio? Ele nos deu. Queriam lançamentos perfeitos? Ele os fez. Queriam a vaga nas semifinais? (...) Essa, ele nos tomou.
Agora... não percam os próximos dias reclamando, xingando, procurando culpados. Percam horas aplaudindo Zidane! Vejam de novo a partida com calma, apreciem o bom futebol e a personalidade de um verdadeiro craque. Aquele que decide, que resolve quando precisa, que chama pra si, que arrisca, que mantém a calma e que sabe quem é e do que é capaz. Aplaudam! Vamos!! Queriam um novo Maradona? Um novo Zico? Aplaudam! Está no fim, aproveitem!! O craque da década não é negro, brasileiro, magrelo e habilidoso. Também não é bonito, inglês, nem brasileiro e bom menino. Também não é um garotinho nervoso inglês, muito menos um raçudo anão argentino. O craque é o mesmo de 1998, pois craque, aquele de verdade, não esquece como se joga futebol e não se omite na hora do vamos ver.
Não tenham raiva da França. Eles não bateram, não catimbaram. Apenas jogaram futebol. Não torçam contra eles, pois eles têm Zidane, e quem tem tudo isso, não merece ser "secado". A arbitragem, que dezenas de jornalistas colocaram em dúvida, prevendo uma conspiração mirabolante, foi totalmente favorável ao Brasil. Errou contra Gana, errou 3 vezes bisonhamente contra a França, e não teve a menor parcela de responsabilidade na nossa eliminação.
Enfim, meus amigos, eu não vou conseguir dormir muito bem (hoje) não... Tô triste, sem graça, querendo enfiar a cara no travesseiro e até chorar de dó desse povo que parou pra (ver) isso. Mas perder faz parte, e muitas lições devem ser tiradas dessa derrota que, insisto, considero normal. Perdemos para um time de Henry, Zidane, Wiltord, Thuram, Barthez. Não foi pra uma equipe qualquer, e o futebol é assim. Agora, me dêem licença. Vou aplaudir Zidane.

28.6.06

Quem de Nós Dois

- Nas palavras de Ana Carolina:

Eu e você
Não é assim tão complicado, não é difícil perceber
Quem de nós dois vai dizer que é impossível
O amor acontecer
Se eu disser que já nem sinto nada
Que a estrada sem você é mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara...
Eu já conheço o teu sorriso, leio teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
- O que eu já nem preciso!

Sinto dizer
Que amo mesmo, tá ruim pra disfarçar
Entre nós dois não cabe mais nenhum segredo
- Além do que já combinamos.
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso, meio na contra-mão
E quando finjo que esqueço,
Eu não esqueci nada

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro.
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei
Qualquer desculpa pra não te encarar
Para não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar...
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa
Se eu tento esconder meias verdades,
Você conhece o meu sorriso, lê no meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
- O que eu já nem preciso!

23.6.06

E o Brasil, hein?! (2)

Uma singela indagação a Parreira, nas palavras de Drummond - um sujeito que, a cada dia me convenço mais - sabia realmente das coisas:
"...E agora, José?"

14.6.06

7.6.06

Versos natimortos sobre a esclerose

Dia desses deparei-me com um pentelho branco.
Estava lá, impávido e único, desafiando a negrura de minha virilidade.
Mandou-me recado sobre a inexorabilidade do tempo,
E disse-me que minha pessoal e grata noção de juventude carece de aplicabilidade prática em termos temporais indefinidos.
Chamou-me de velho, bem na minha cara - ou, melhor dizendo, em outra parte mui cara de minha anatomia
- que merda!

...Arranquei-lhe.

29.5.06

Tempo, mano véio

Nas palavras de Fernanda Takai...

"Tempo amigo, seja legal
(Eu) conto contigo pela madrugada
...Só me derrube no final."


Feliz Aniversário para mim!

26.5.06

Registro fotográfico

Uma pergunta para você, caro leitor. Responda com sinceridade...
Você está no Rio de Janeiro, em meio ao caos que só as enchentes cariocas podem causar. Voce é um reporter fotográfico, e está fazendo a cobertura de sua vida, tirando as fotos mais chocantes de momentos dramáticos causados pela força das águas. De repente você mira sua câmera para um casal sendo arrastado pela correnteza de um canal que transbordou, e reconhece Rosinha Matheus e Anthony Garotinho. Os dois lutam desperadamente contra um provável afogamento, mas estão sendo vencidos. É um momento de decisão: você tem a oportunidade de resgatá-los e perder uma foto espetacular, ou pode não interferir nos acontecimtos e tirar a fotografia do ano. Baseado em seus principios éticos e morais, sem esquecer os fatores fraternidade e solidariedade humanas, responda sinceramente:
...Havendo tempo para trocar o filme, você faria a foto em preto e branco ou colorida?

17.5.06

Peraí!!

Deixa ver se eu entendi direito: toda essa confusão em São Paulo, que deixou mais de 80 mortos, outras tantas dezenas de feridos, e colocou o centro financeiro do país em toque de recolher, foi planejada a partir da venda da gravação de uma sessão revervada de uma CPI aos "advogados" de um dos criminosos mais perigosos do país? (...) E quem vendeu foi um funcionário do Congresso Nacional, assim, na cara dura, sem um intermediário sequer? - Caramba... e eu pensava que já tinha visto de tudo nesse país.
Uma nota mesquinha e inapropriada de bairrismo carioca: levante a mão quem já ouviu, nesses últimos dias, algum paulista dizer que "a situação não é assim tão feia, a imprensa é que extrapola a realidade." Ah, se essa bagunça tivesse sido no Rio...

16.5.06

Conste nos autos

Mamãe, eu te amo. Simples assim. Pronto. Só deu vontade de dizer.

15.5.06

O Drama de Juquinha

Um exemplo saudável de má utilização do correio-eletrônico numa manhã friorenta de segunda-feira:
A professora pergunta na sala de aula:
- Pedrinho qual a profissão de seu pai?
- Advogado, professora.
- E a do seu pai, Mariazinha?
- Engenheiro.
- E o seu, Aninha?
- Ele é médico.
- E o seu pai, Juquinha, o que faz?
- Ele...Ele... Ele é dançarino numa boate gay!
- Como assim? - pergunta a professora, surpresa.
- Fessora, ele dança na boate vestido de mulher, com uma tanguinha minúscula de lantejoulas. Os homens passam a mão nele, põem dinheiro no elástico da tanguinha e depois saem para fazer programa com ele.
A professora prontamente dispensa toda a classe, menos o constrangido Juquinha. Boquiaberta, ela caminha até o garoto e novamente pergunta:
- Menino, o seu pai realmente faz isso???
- Não, fessora. Agora que a sala tá vazia, eu posso falar: ele é dirigente do PT, mas eu morro de vergonha de contar isso na frente dos outros.

9.5.06

Tem tudo pra dar m...

A assertiva não é minha, mas de outro filósofo contemporâneo que conheci recentemente. Tal máxima, tão clara e contundente, foi a réplica que ouvi ao comentar sobre a continuidade do processo de nacionalização de bens naturais iniciado na Bolívia por Evo Morales. Diz o hermano cocalero, já identificado por essas bandas como a encarnação política do mítico abominável homem dos Andes, que depois dos hidrocarbonetos virão as florestas, os rios, as terras. Os produtores brasileiros de soja que investiram alguns milhões no quintal do vizinho perderam o sono. Pudera: veja só o nome do ministro encarregado pela reforma agrária boliviana - Hugo Salvatierra...
Tem tudo pra dar merda.

3.5.06

Uma imagem e uma piada séria

Ainda namorando com a idéia de de escrever um texto machista e preconceituoso sobre os vagões exclusivos para mulheres nos trens e metrô do Rio de Janeiro. Mas, devo confessar, ando meio sem tempo e paciência para elocubrar e redigir com toda a acidez e cinismo que o assunto merece. Por hora, vai aí uma charge do Aroeira publicada em O Dia. Trabalho de mestre ao resumir, em uma imagem, toda a polêmica causada pela nacionalização do gás natural na Bolívia (...) E algo que seria uma piada velha, se fosse uma piada: eu apóio a greve de fome do Garotinho. Até o fim!

28.4.06

Só de ruim...

Eu estou ensaiando de escrever um texto machista e preconceituoso sobre os vagões exclusivos para mulheres nos trens e metrô do Rio de Janeiro. Mas por enquanto... Mais Noronha. No feriado volto a mergulhar em águas cariocas. Vai ser um choque de realidade brutal, mas fazer o quê? Cada um tem o mar que merece (...) Bom fim de semana a todos!

25.4.06

Fotos de Noronha

Morram de inveja. Há mais de onde vieram estas...

16.4.06

BR 363

A menor estrada federal do Brasil fica na cidade de Aparecida, no Estado de São Paulo. Tem pouco mais de 3,5 quilômetros de extensão e liga a Basílica de Nossa Senhora a algum lugar ao qual eu não estava prestando a menor atenção enquanto o guia dava sua explicação. Cultura absolutamente inútil, porque a única coisa que há para se ver na cidade é, de fato, a Basílica. A segunda menor estrada federal do país fica em um pedaço de paraíso chamado Fernando de Noronha. Corta a principal ilha do arquipélago, ligando o porto de Santo Antônio à praia do Sueste. Ao longo de seus 7,9 quilômetros, você vai encontrar:
O próprio porto de Santo Antônio – Considerado o segundo mais limpo do mundo, e não sem motivo. Águas absurdamente claras guardam o naufrágio de um navio grego onde é possível mergulhar, e atobás cercam as embarcações atrás de sardinhas. Eu não acreditaria se alguém me contasse que é possível e saudável mergulhar em águas portuárias... mas ninguém me contou. Por lá há tartarugas marinhas e raias. E na praia da Biboca, bem pertinho, vi meu primeiro tubarão. Inesquecível.
A Praia do Sancho – Eleita pela revista Quatro Rodas a mais bonita do Brasil, com muita justiça. De difícil acesso, é preciso vencer escadas fincadas em fendas do que se poderia chamar um penhasco para chegar a suas areias. Mas cada degrau vale a pena. Águas com visibilidade para mais de 15 metros, e lajes com mais vida e cores do que qualquer mergulhador tarado poderia sonhar em sua noite mais molhada.
Estrela do Mar – A melhor pousadinha mixuruca do país. Chalés com vista para o verde que circunda vale central sobre o qual foi construída a pista do que possivelmente é um dos aeroportos mais silenciosos do planeta. O chalé 4, o mais isolado de todos, dá direto para a cabeceira. Não há lugar melhor para se passar uma noite de lua cheia em toda ilha. Ou talvez eu esteja errado, já que em apenas cinco noites não foi possível experimentar todas as luas cheias que eu gostaria.
Arte e Sabor – Disparado, a melhor creperia do Brasil. Esqueça o que você pensa que sabe sobre Chez Michou e seus garçons eternamente mal-humorados, que parecem fazer um grande favor ao servir sua mesa. Com o bônus de que, Na Arte e Sabor, você pode sempre pedir um Morro do Francês e redefinir toda a sua lógica sobre o que vem a ser uma banana-split.
O Tartarugão – Não é o melhor restaurante das Américas. Dizer isso seria um certo exagero. Mas eu desafio qualquer um a encontrar azeite com ervas mais saboroso do que o servido por lá. E para quem aprecia detalhes em uma refeição, isso pode fazer uma grande diferença...
Praia da Conceição – Um pôr-do-sol que certamente está entre os mais bonitos que já vi. Aparente paradoxo, considerando que o tempo estava nublado. Mas ainda assim...
Finalmente, quando todas as alternativas da BR 363 estiverem esgotadas, você pode sempre entrar num barco e navegar até a...
Ponta da Sapata – No extremo oeste da ilha, bem no limite com o mar aberto do Atlântico, está entre os cinco melhores pontos de mergulho submarino do mundo. Mas sobre o que eu vi e senti nessa imensidão azul, já me faltam as palavras certas para (d)escrever...
Especialmente ao me lembrar que amanhã é segunda-feira. Fotos da viagem em breve.

7.4.06

Fechando o escritório

Feliz Páscoa à meia-dúzia de leitores. Recentemente reintegrado a suas atividades sub-aquáticas, este editor resolveu zerar o banco de horas extras e vai passar a próxima semana procurando golfinhos em Fernando de Noronha. Glub-glub pra quem fica.

5.4.06

Interferências indesejáveis

Acho que a lua-de-mel com o novo emprego vai chegando ao fim. Não que eu esteja insatisfeito - longe disso. O Império continua sendo um ótimo lugar para se trabalhar, e eu sempre fui fã do Darth Vader mesmo, então tudo bem. Mas nas últimas semanas vem crescendo a insatisfação com o grau de interferência sobre o meu texto. Me incomoda o fato de que, até que eu consiga mandar alguma informação para fora do Consulado, pelo menos três pessoas - duas delas não brasileiras - editam e opiniam sobre o conteúdo e a forma. Não que eu me julgue o Machado de Assis do jornalismo contemporâneo... Mas meu currículo é carimbado por duas das redações mais exigentes do país, e nunca houve um grau de gerência externa tão grande sobre o que produzo. Não estou acostumado. E, só para complicar, eu invariavelmente acabo com um produto final que, tenho certeza, é pior do que o original. Modéstia nunca foi meu forte, principalmente em pontos nos quais sei que atuo bem. Gosto da minha redação. Compreendo que alguns profissionais em faixas salariais bem maiores do que a minha têm e terão prerrogativas editoriais aonde quer que eu vá, mas gosto da minha redação. Ponto. Ainda bem que tenho este singelo cafofo virtual para exercer o sacro-santo direito à onipotência literária sem encheção de saco. Não chega a ser um latifúndio editorial, mas o pouco com Deus é muito, já dizia minha bisavó.
E a menos de uma semana de embarcar com a patroa para Noronha, lua-de-mel com o trabalho não é exatamente uma das minha maiores preocupações no momento.

30.3.06

A pergunta que não quer calar

A comunidade científica internacional está vivendo dias de tensão com a possibilidade de uma grave pandemia em escala global.... mas será que o vírus da gripe aviária também pode ser transmitido de pinto para periquita???

27.3.06

A vida começa a 10 metros

Mesmo com toda a chuva e vento do último domingo, fica absolutamente comprovada a máxima de adesivos e camisetas: the worst day diving is better than the best day at work.
E tenho dito.

24.3.06

A dança da vitória

...Resta saber a vitória de quê ou de quem. Esquecendo-se do fato de que sempre há alguém olhando, a deputada federal Ângela Guadagnin (PT-SP) comemorou com samba, dentro do plenário da Câmara, a absolvição do colega João Magno (PT-MG) do processo de cassação. Magno engrossa a massa da pizza. Ângela desrespeita, sorrindo e dançando, um espaço que deveria ser símbolo da seriedade com que pensamos e exercemos a democracia no país. Deveria. O texto é do jornalista Jorge Bastos Moreno:
- Mano véio, aqui você só não vai ver é boi voar! - foi o que ouvi no primeiro dia em que o cheguei ao Congresso, como repórter, em 1976, do então deputado paraibano Ernani Sátyro. Surdo, chamava todo mundo de “mano véio”. E eu vi muita coisa. Vi o Congresso ser fechado em 1977. Vi parlamentares arrancados da tribuna pelas cassações da ditadura. Entre eles, Alencar Furtado, aquele que disse que sua luta era para que não houvesse lares em prantos: “filhos órfãos de pais vivos, ou mortos, talvez, quem sabe; órfãos do talvez ou do quem sabe; viúvas de maridos mortos ou vivos, quem sabe, talvez; viúvas do quem sabe ou do talvez”. Vi Ulysses Guimarães dizer: “Tenho ódio à ditadura; ódio e nojo”. Vi Tancredo chorar por JK. Vi mães, viúvas e órfãos com cartazes de seus mortos e exilados clamarem por anistia. Vi o doido manso Teotônio Vilela se rebelar contra o regime. Vi a eleição de Tancredo, vi a Constituinte. Vi momentos de tristezas e alegrias. Nas tristezas, ouvia o Hino Nacional cantado com vozes enlutadas, sempre seguido nessas horas do coro “a luta continua”. A alegria ecoava em palmas e papel picado. Mas nesta madrugada vi uma cena que nunca vou esquecer: a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) dançando, sambando como passista do agouro ao ver que os votos apurados já davam pra salvar de cassação o deputado João Magno (PT-MG), um dos mensaleiros da Câmara. Nem os canhões, fuzis e metralhadoras que tentaram desmoralizar pela força o Congresso superariam o escárnio da deputada. Longe do “Necrológio dos desiludidos do amor”, onde as amadas dançavam “um samba bravo, violento, sobre as tumbas deles”, a dança da deputada é o mais imoral dos emblemas da degradação da política brasileira. Talvez a perplexidade foi que impediu o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, de exigir o devido respeito da deputada em pleno velório da Casa.
Estou ficando preocupado com o grau de cinismo político desde espaço virtual. Mas juro que não é culpa (exclusivamente) minha. É que o pessoal da capital, ultimamente, não anda colaborando muito...

20.3.06

Lave bem a sua

O STF interferiu nas prévias do PMDB. mas também, por esses dias, o Supremo intefere em tudo mesmo... Me espanta que o Jobim - escreva o que eu digo, ele sai candidato a governador este ano - ainda não tenha dado um palpite sobre a cor da minha cueca. Em uma nota mesquinha e pessoal, menos mal que tenha sido no PMDB. Juro que prefiro ver os netos de Ulysses alinhados ao Lula a correr o risco de sequer imaginar o que mais uma campanha Garotinho pode fazer ao Rio. Para não mencionar o risco de vê-lo crescer nas campanhas, por mais improvável que isso seja. Nesse sentido, caso eles se baguncem por lá e acabem sem candidato de tanto bater cabeça, nem vou chorar. Ando triste com a política. Pela primeira vez na vida não tenho na ponta da língua a resposta sobre quem vai levar meu voto para presidente. Do governo do estado, eu já desisti. Ver Carlos Lessa, o último economista de esquerda que ainda fazia algum sentido, alinhado ao Menininho me deixou cabisbaixo. E se o Crivella ganhar por aqui, juro que me mudo pra São Paulo.
E o sigilo bancário do caseiro, hein? Puro batom na cueca. Na da Polícia Federal, não na minha ou na do Jobim (...) Mas até sobre isso ele tinha opinião a dar. Ficou fulo porque não lhe perguntaram se podiam passar o batom. Ou beijar a cueca.
Os participantes do Big Brother 27 desenvolveram o curioso se não trágico hábito de não lavar as sungas... Mas sungas não são cuecas, então ninguém tem nada com isso.

26.2.06

O grande problema desses 4 dias...

... Diria o jovem filósofo contemporâneo, é que euforia em excesso leva à debilidade.

21.2.06

A crise dos 30

Tudo bem, tudo bem... Eu sei que talvez seja um pouco cedo para isso, mas é que, de uma hora para outra, não satisfeitos em se casarem, meus amigos resolveram procriar. Em menos de duas semanas dois exames deram positivo. Crianças que farei questão de mimar e estragar o quanto possível, mas o fato permanece de que eu agora tenho prazo regimental não prorrogável de 9 meses para me acostumar com a idéia de ser chamado de "tio Glauco". Se, neste momento, você é meu amigo(a) e pensa em comunicar advento de prole, por favor o faça de maneira delicadinha e sutil. Se não vou precisar de análise para superar o trauma de que meus contemporâneos mais próximos e queridos estão por aí constituindo família(s), enquanto eu sequer passei dos rascunhos dos planos de casamento.

8.2.06

Onde estava escrito?

Em algum lugar entre a minha criação católica, a convivência com judeus, a freqüência a centros espíritas e de umbanda, conversas com budistas e algumas passagens por círculos de magia, cheguei à conclusão muito pessoal de que Deus - na falta de uma palavra melhor - é um só, atendendo por vários nomes diferentes. Me espanta o ponto crítico a que chegou a intolerância quanto às charges publicadas em jornais europeus fazendo alusões – reconhecidamente infelizes – a Maomé. Queimar embaixadas? Matar pessoas? Quem ganha com isso? A última em Teerã é um concurso para a premiação do melhor cartoon sobre o Holocausto (...) Mas com isso a idéia é denegrir a Europa por ter parido Hitler? Ou fazer lembrar aos judeus que houve época em que foram tratados como raça (?!) inferior? Ou os dois?! O Fundamentalismo religioso – e me desculpem os fundamentalistas – tomou ares de pirraça infantil esta semana. Uma pirraça infantil alimentada a ferro, fogo, xenofobismo, niilismo e um monte de outros ismos que para mim não fazem muito sentido. E, ainda assim, tudo se resume na simplicidade de uma birra estúpida. Eu entendo bem que toda essa conversa de tolerância e diplomacia fica muito bonita no ocidente, mas não está no esquadro de certos estados teocráticos, o que é questão tão-somente cultural, e deve ser respeitada... mas qual dos profetas anunciou que um erro deve ser retribuído com outro erro? Faço a pergunta porque admito conhecer pouco do mundo islâmico... Que Alah seja um Deus punitivo, eu compreendo. Javé também o é, embora a doutrina explique que, paradoxalmente, Ele também é amor. E para não colocar duas ou mais religiões balança, o que não é, definitivamente, meu objetivo, alguém poderia simplesmente me explicar onde no Alcorão está dito que queimar embaixadas com pessoas dentro é melhor caminho do que simplesmente esvaziá-las, com toda a carga simbólica que isso carrega? Estamos de volta à Idade Média? Ou será que dela nunca saímos? Vou passar ao largo de toda a discussão sobre liberdade de imprensa, porque isso também é conversa de ocidental. Mas quantas vidas vale uma caricatura, afinal? Seguindo a Lex Talionis, deveríamos cortar as mãos dos dinamarqueses por trás de tudo isso? (...) Triste.

Enquanto isso em Gaza... o empresário Ahmed Abu Dayya está faturando alto com venda de bandeiras dimarquesas para combustão em praça pública. US$ 11 cada. Sujeito esperto.

E a boa nota da semana: finalmente nasceu Manú!! Parabéns, Dedéia! Tudo de ótimo para essa família linda!

1.2.06

brasilia@state.gov(.br)

Brasília continua uma graça. E nesses últimos dias pude ratificar minha tese de que é ótimo lugar para se exercer o jornalismo, não importa de lado da notícia se esteja. É também uma cidade com gosto de planejamento estratégico, da concepção à finalidade. Se os planos traçados para e por lá produziram, produzem ou produzirão bons resultados, isso é conversa a parte. A cada vez que passo pelo aeroporto Juscelino Kubitschek gosto mais da cidade. Aliás, um amigo que já morou por aquelas bandas defende a teoria de que tudo seria perfeito, se não pelo fato de que, por lá, um sujeito é capaz de dirigir por horas, sem jamais chegar à Ipanema. Há quem diga que, eventualmente, é possível se chegar a Goiânia, o que não pode exatamente ser considerado uma vantagem. Fato: gosto de lá. Não fossem os migrantes pendulares - esses espécimes tão curiosos, que habitam a região de vez em quando durante a semana - a cidade seria de fato linda. Mas vá lá... eu concedo que, não fossem eles, provavelmente não seria um lugar tão interessante.

23.1.06

A New Year, a New Job

Muito frio na barriga. Muita ansiedade. Uma noite mal dormida e a sensação de que, mesmo acordando antes do necessário, eu estava atrasado. Tudo com aquele gostinho de recomeço, de início de jornada, de novos desafios, e toda aquela conversa que o pessoal de Recursos Humanos adora, mas que no fundo não deixa de ser verdade. Nesta segunda-feira fiz meu ingresso oficial no time dos assessores de imprensa, um lado da profissão jornalística que, no início da carreira, eu não pensava que pudesse me atrair, mas que de repente me parece repleta de méritos e decisões estratégicas a serem feitas. E não fosse por esse lado intrigante recém-descoberto, agora eu tenho meu próprio escritório, o que é muito-chique-demais. Vou ficar ainda mais insuportável.

20.1.06

Sobre Amizade e aparelhos de ar-condicionado

Sempre fui daqueles a pensar que a real amizade se mede não só pelos bons momentos, mas também pela ciência e consciência de se poder contar com as pessoas nos momentos de aflição ou necessidade. Posto esse cliché a parte, esses dias fui convidado para uma pizza com champagne na residência de um casal realmente amigo. A pizza estava ótima, e o motivo do champagne eu não vou contar. O fato é que o amigo, a certo momento, demonstrou estar frustrado com um aparelho de ar-condicionado, comprado há semanas, que ainda repousava, não instalado, na área de serviço, enquanto um grande vão decorava a parede do quarto. Tá que eu não sou técnico, mas para quem já desentortou porta de carro com o joelho dentro de uma concessionária autorizada - mas isso é uma outra história - imaginei que não poderia haver tanta dificuldade em encaixar o artefato A no buraco B. O lado bom e divertido dessas coisas é que, na falta da magia adequada para executar a tarefa de forma rápida e simples, a gente pode rir enquanto quebra a cabeça na tentativa de fazer as coisas. Basta dizer que pairava sobre nós a certeza de que um pouco de KY poderia ajudar na acomodação do aparelho. O nobre anfitrião, cujo nome não citarei sob pena de revelar seu deslize de imprudência e falta de precaução, estava sem o precioso produto, e tivemos que apelar para um creme cosmético que estava por perto. Não o Victoria's Secret - o que poderia gerar uma grave crise conjugal - mas um Nivea que deu mole sobre a pia do banheiro. Infelizmente, toda a criatividade foi inútil, e acabamos por ter que desmontar a bandeja externa para conseguir mais espaço. E se você não sabe o que é a bandeja externa de um ar-condicionado, feliz de você - mas eu também não vou explicar. Se você não sabe o que é KY, o problema é muito seu (...) Resumindo uma longa história, foi serviço demorado e cansativo, mas compensatório na medida em que eu tinha a certeza de estar fazendo algo de bom pelo casal amigo, que poderia então dormir em temperatura condizente com a existência humana neste Saárico verão carioca. Ledo engano. Dia seguinte, toca o telefone. É o amigo. Me informa que a corrente elétrica de seu apartamento é 220, e a do aparelho, 110. Triste... muito triste.
Moral da história 1: da próxima vez, vamos ler o maldito manual.
Moral da história 2: Eu ODEIO as Casas Bahia.

18.1.06

...Zero

Página virada. Estou feliz e triste, fora da Central Brasileira de Notícias.

15.1.06

14.1.06

The Final Countdown

Me despeço dos microfones do estúdio.
...2

13.1.06

The Final Countdown

La Bundchen has come and gone.
...3

11.1.06

Mas do mesmo do mundinho Fashion

Esta semana estou me dedicando à cobertura do Fashion Rio, um grande evento de moda com realização semestral no Museu de Arte Moderna, um dos espaços mais bonitos da cidade, na minha humilde opinião. É a oitava edição, todas elas com a minha participação na cobertura. E se alguém disser que eu sou um "repórter fashion", prometo me esforçar para rir do gracejo, que já escuto há bons quatro anos. Os coleguinhas jornalistas são os mesmos, os fotógrafos são os mesmos, as modeletes são as mesmas. O que é até positivo, porque você já sabe aonde ir e com quem falar para conseguir o que quer. O que me deixou intrigado dessa vez foi todo o afã em torno da presença de Raica. Eu já cansei de ver a moça em passarelas. É bonita, tem carreira internacional, coisa e tal... e ponto. Mas como virou namorada do Ronaldinho, desta vez vai dar até entrevista coletiva. Aliás, em 2005 foi a mesma coisa com a Cicarelli. Eu não sei não... Tudo isso é muito bom para a grife, que contrata a moça para o casting e leva de graça toda a movimentação de mídia em torno da possível presença do rapaz no desfile. É bom para os organizadores do evento, por causa de todo o frisson. É ótimo para as revistas de celebridades - contra as quais não tenho preconceito e, admito, sou até leitor ocasional. Mas eu me pergunto... Será bom para a dita? Se eu fosse uma dessas meninas, com uma carreira já encaminhada, espaços abertos internacionalmente e alto faturamento, acho que não iria querer dar um salto meramente quantitativo na exposição de imagem como "namorada do Ronaldinho". Tudo bem, tudo bem, a projeção é inevitável, mas vejam: Raica vai receber vários jornalistas para uma conversa - coisa que não acontecia nas edições anteriores do Fashion Rio, para falar sob e sobre esse título e condição: Namorada do Ronaldinho. Nas internas do mundo fashion, ela já era queridinha... e agora - talvez sem perceber - está aos poucos deixando de ser ela para se tonar um apêndice publicitário do outro. Será que vale? Achei péssima jogada de marketing pessoal. Sem contar que namorar quietinho é mais gostoso.

6.1.06

Vapor Barato

Eu tinha a idéia de postar um texto sobre choques sociais, com base numa situação pela qual passei em um ônibus nos últimos dias. Mas hoje não vai dar. Fica para a próxima. O início de 2006 foi acridoce. Com balança claramente positiva, mas acridoce. Conversas difíceis mas compensatórias, definição final de certas mudanças de rumo. Hoje, só uma letra viva de Jards Macalé e Wally Salomão:
Sim, eu estou tão cansado, (...)
Com minhas calças vermelhas, meu casaco de general cheio de anéis
Eu vou descendo por todas as ruas
Eu vou tomar aquele velho navio
Eu vou tomar aquele velho navio, aquele velho navio.
Eu não preciso de muito dinheiro,
- Graças a Deus.
E não importa, ....e não importa, não.
Sim, eu estou tão cansado, mas não pra dizer
Que eu estou indo embora.
Talvez eu volte. Um dia eu volto, quem sabe?
Mas eu preciso, eu preciso esquecê-la...
Ah, minha grande; ah, minha pequena...
Ah, minha imensa obsessão!
...Minha honey baby.