28.6.06

Quem de Nós Dois

- Nas palavras de Ana Carolina:

Eu e você
Não é assim tão complicado, não é difícil perceber
Quem de nós dois vai dizer que é impossível
O amor acontecer
Se eu disser que já nem sinto nada
Que a estrada sem você é mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara...
Eu já conheço o teu sorriso, leio teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
- O que eu já nem preciso!

Sinto dizer
Que amo mesmo, tá ruim pra disfarçar
Entre nós dois não cabe mais nenhum segredo
- Além do que já combinamos.
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso, meio na contra-mão
E quando finjo que esqueço,
Eu não esqueci nada

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro.
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei
Qualquer desculpa pra não te encarar
Para não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar...
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa
Se eu tento esconder meias verdades,
Você conhece o meu sorriso, lê no meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
- O que eu já nem preciso!

23.6.06

E o Brasil, hein?! (2)

Uma singela indagação a Parreira, nas palavras de Drummond - um sujeito que, a cada dia me convenço mais - sabia realmente das coisas:
"...E agora, José?"

14.6.06

7.6.06

Versos natimortos sobre a esclerose

Dia desses deparei-me com um pentelho branco.
Estava lá, impávido e único, desafiando a negrura de minha virilidade.
Mandou-me recado sobre a inexorabilidade do tempo,
E disse-me que minha pessoal e grata noção de juventude carece de aplicabilidade prática em termos temporais indefinidos.
Chamou-me de velho, bem na minha cara - ou, melhor dizendo, em outra parte mui cara de minha anatomia
- que merda!

...Arranquei-lhe.