27.2.08

Dr. Benton

O que acontece quando Duas Caras encontra Plantão Médico e eu faço minha estréia em teledramaturgia...

Tenho que admitir: é beeem mais divertido do que eu imaginava...

20.2.08

Mundo corporativo

Não sei de quem é o texto original, mas acho que nem o Max Gehringer faria melhor...
"A Formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho todo dia. Era produtiva e feliz.
O gerente Marimbondo estranhou a Formiga trabalhar sem supervisão - se ela era produtiva sem supervisão, o seria ainda mais se fosse supervisionada - e contratou como supervisora uma Barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência na área.
A primeira preocupação da Barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da Formiga. Logo a supervisora precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou uma Aranha, que dava uma mão na organização de arquivos e controlava as ligações telefônicas.
O Marimbondo ficou encantado com os relatórios da Barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões. A Barata, então, mandou vir uma Mosca para diagramar o conteúdo e comprou um computador com impressora colorida.
Não demorou muito até que a Formiga produtiva e feliz começasse a se lamentar por toda aquela movimentação de papéis e reuniões... O Marimbondo concluiu então que era o momento de criar a função de gestor de pessoal para o setor. O posto foi dado a uma Cigarra, que mandou colocar carpete no escritório e encomendou também cadeiras especiais com assento orto-postural. A nova gestora logo se deu conta de que precisava de uma assistente para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a Formiga - que já não cantarolava mais e a cada dia estava mais taciturna...
A Cigarra, então, tentou convencer o gerente Marimbondo de que era preciso fazer um estudo psico-motivacional das relações interpessoais no escritório. Mas o Marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que o departamento já não rendia como antes e licitou a preço de ouro os serviços da Coruja, uma prestigiada consultora, para que fizesse um diagnóstico da situação. A Coruja ficou três meses bebendo cafezinho por conta da empresa emitiu um longo relatório, com vários volumes, que apontava "queda de produtividade por excesso de pessoal e necessidade de reengenharia".
...Adivinha quem o Marimbondo mandou demitir?
- A Formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida."

13.2.08

Auto-ajuda em profundidade

Em 28 de abril de 2000, o russo Yuri Lipski, então com 22 anos, arriscou-se em um mergulho profundo no Blue Hole, em Dahab, Egito. Um dos mais famosos e belos pontos de mergulho da região, o "buraco azul" tem a sinistra alcunha de divers cemetery, ou cemitério de mergulhadores, pelo grande número de fatalidades ali ocorridas. A parede de coral é um verdadeiro playground para turistas que saibam respeitar os limites do merguho recreativo, mas uma séria armadilha para os que teimam em ignorar certificação e treinamento ao entrar na água: o espelho claro pode esconder correntes subaquáticas, escuridão em profundidade e falta de referência de fundo, o que é um risco para mergulhadores sem experiência.
Não era o caso de Yuri. Pelo que li, ele já mergulhava há um tempo considerável. Sonhava tornar-se instrutor e, quando buscou um dupla para descer o Blue Hole, professava experiência em mergulho profundo. Os verbos estão no pretérito por algo além de simples referência temporal: Yuri não voltou. Uma possível falha no equipamento combinada à provável narcose gasosa e intoxicação por alta pressão parcial de oxigênio o levaram à morte. A câmera de Yuri registrou tudo, um trágico e contundente lembrete de que ultrapassar limites sem considerar os riscos é péssima política quando a sua vida está na reta. O vídeo está disponível no You Tube. É real e autêntico. O sujeito morreu, e as imagens - para não falar do audio - não são agradáveis de se ver e ouvir. Eu não vou postar o conteúdo... porque não quero. Você pode buscá-lo, se a sua curiosidade mórbida o(a) impelir.
Vem daí uma corrente de pessoas que não sabem o que dizem afirmando que o mergulho no Blue Hole deveria ser banido. As imagens que eu vou postar são tanto uma resposta quanto uma deslumbrante mensagem sobre como pode ser saudável para a mente e para a alma testar os próprios limites quando os fatores de risco são considerados e contingenciados.
Em julho de 2007 o neozelandês William Trubridge esteve no Blue Hole. No que é considerada a mais pura - e talvez mais arriscada - forma de mergulho, ele atravessou, sem nadadeiras, lastro ou roupa de exposição, a passagem subaquática entre a baía de corais e o Mar Vermelho. O Arco, como é conhecido, tem aproximadamente 30m de comprimento e fica a 58m de profundidade. Com a devida estrutura de suporte, o sujeito desceu e fez a travessia no pulmão. Mais do que a beleza da água, o que me chama mesmo atenção é o sorriso de William ao final do mergulho... Isso é o que eu chamo de "classe A" em material de auto-ajuda:


Sorria. Teste seus limites, mas não vá fazer besteira.
Eu quero, um dia, mergulhar no Blue Hole.

6.2.08

No Limits

You deco stop
He deco stops
She deco stops
...I nitrox!

Enriched Air Nitrox Diver - Mais fundo... e por mais tempo!