27.11.07

Mas tá óóóóóóóótimo...

Foi a lindinha da Eleonora que inventou...
Que tal isso?
My Peculiar Aristocratic Title is:
Count-Palatine Glauco the Imposing of Withering Glance
ou isso:
His Noble Excellency Fasa the Fiendish of Chignall Smeally
Get your Peculiar Aristocratic Title
Viu só? Eu sou o cara!!!

23.11.07

Ir e vir

Na quarta teve jogo da seleção brasileira pelas eliminatórias.
Teve também um Flamengo e Vasco pelo estadual de basquete no Maracanãzinho.
Quem me conhece sabe que, entre um e outro, eu me importaria muito pouco de ver os gols do Luiz Fabiano pela reprise no dia seguinte. Acontece que as torcidas organizadas de Flamengo e Vasco resolveram criar um clima insustentável para o comparecimento ao ginásio. Essa última de usar internet para combinar briga de gangue é o limite do terrorismo doméstico. As autoridades precisam tomar uma atitude mais drástica. Não adianta dizer que estão monitorando os fóruns: tem que ir na raiz e prender esses pseudo-torcedores de merda (só falando assim) que afugentam dos estádios e ginásios os cidadãos de bem. Quarta-feira me senti tolhido em meu direito de ir e vir. Queria muito ter comparecido. E não se trata de medo, pura e simplesmente... Ora, se for para pagar e ver um bando de marmanjo entrando na porrada, é melhor um evento de vale-tudo no pay-per-view. Tem mais técnica e conduta esportiva envolvida.
Resultado: ginásio vazio. Menos renda para os clubes, eu de mau humor.
Mais uma vez, perdão pelo linguajar chulo. Mais essa me deixou realmente muito puto...
Tipo assim, com vontade de bater em alguém, sabe?

8.11.07

Por um fio

Admito que sou um sujeito medroso e pouco empreendedor. Das muitas qualidades que penso ter, não posso gabar-me de coragem para reviravoltas e loucuras quando realmente importa. Gosto de receber meu salário no fim do mês, e nunca me imaginei abrindo meu próprio negócio, por exemplo. Não é o mesmo que dizer que me faltam ambição e sonhos – aliás, tenho muito de ambos. Mas, às vésperas dos 30 anos, estou começando a dar umas olhadinhas por cima do ombro, e bate aquela ponta de arrependimento por saltos de fé que deixei de realizar, seja por timidez, seja por excessiva prudência.
Em absoluto, eu deveria ter jogado mais basquete, deveria ter começado mais cedo no teatro , e sem dúvida deveria ter beijado a boca daquela guria que me deixava louco quando tinha 12 anos – está certo que ela até poderia não ter topado, mas dói o fato de eu sequer ter tentado.
Hoje sou um profissional razoavelmente bem sucedido. Poderia ser mais, mas estou aonde a vida e carreira me trouxeram sem pedir favores, logo não tenho do que reclamar. Acho.
O humor de nostalgia se agravou de ontem para hoje por causa de uma dessas insistentes coincidências que não se cansam de jogar o passado na nossa cara. Contei pelo menos uns cinco meninos com o uniforme do Colégio de São Bento pelas ruas. Lembrança de uma época boa, em que as maiores preocupações do mundo eram as provas de física e matemática. Ah, a inocência! Ah, o futuro!
...Tornei-me duro e confessadamente cínico. Queria ter a vida que tenho hoje, com olhos de criança. Adolescente, talvez. Consigo enganar alguns, que me ainda chamam de “garoto”. Não sou mais garoto. Mas bem que gostaria.
Preciso fazer mais por mim. Mas que dilema: como eu, a epítome do narcisismo egocêntrico pós-moderno, poderei investir ainda mais em mim?
Coragem para ousar, jovem gafanhoto. Coragem para ousar. Os projetos que antes você podia adiar sem culpa, já não podem mais ficar para amanhã. Quando dar-lhes-á as merecidas asas? Aos 80?! Logo você, que achava lindo viver 10 anos a 1000, e não 1000 anos a 10? O cerne da questão extrapolou o velocímetro e acendeu a luz vermelha no odômetro.
...Só para me enganar um poquinho, comecei a fazer aulas de acrobacia aérea. Os braços doem-me terrivelmente. Mas a metáfora do quase-grande homem pendurado por um fio me deixa cadinho mais feliz.