24.8.10

Pérolas aos porcos

...E tem também aqueles dias (na verdade, fases) em que você começa a pensar que só tem mesmo uns três ou quatro amigos de verdade, pessoas com quem de fato pode contar, e que na realidade há um monte de gente à sua volta que se importa apenas em se aproveitar; roubar um pouco do seu brilho por ocasião. E a conclusão de que você dedicou (boa) parte do seu tempo nos últimos anos a relações que ora se resumem a sorrisos amarelos e silêncios, justamente quando você esperava se ver amparado, é um tiro. Gente que tomou partido sem ouvir, pessoas que se dizem muito abertas e descoladas mas que no fundo, você imagina, devem estar te julgando à revelia, exercendo o pré-conceito através da ausência. Que decepção. Que merda, isso. Que raiva. Que prejuízo.
Sorte ainda haver lá fora as gratas surpresas. Ombros e mãos amigas, olhares apenas, vozes ou toques gentis, que surgem de onde menos se espera. A essas almas samaritanas, agora tão mais queridas, obrigado!
E aos amigos e irmãos de sempre, tão seletos, presenças constantes na caminhada: amo vocês.
Ad astra trans aspera per alia fideles.

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