20.8.08

A Quarta Jura, ou Soneto de Exasperação

Cansei-me de ti.
Do teu sorriso fácil, da tua (pretensa) amizade,
Do teu espaço pessoal, da tua civilidade
Disfarçada em falsa maturidade pra dizer que pode tudo ser simples.

Então és cega para a dor que causaste?!
Tuas juras me partiram peito e tuas lágrimas verteram breves
As minhas, ai de mim, secaram-me de proveito.
E tu, onde ias? Por onde seguias em vil deleite ou abandono?

Decreto agora que de minha alegria,
Não te devo sequer infinitesimal parcela – vazia!
Pois que foste pra mim holocausto, desastre

Uma onda gigante, uma enchete, transbordo
- Amo-te com urgência e arte,
Mas cansei-me de tudo. Cansei-me de ti.

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