13.5.08

Fenômeno

Duas congratulações por mérito em serviço são devidas a diferentes agentes envolvidos nessa grande bananosa (com trocadilho, por favor) em que se meteu Ronaldo-bola:
- Ao escritório de comunicação que gerencia a relação do ex-craque com a mídia. As exclusivas à TV Globo foram realmente sacadas de mestre. E coçar o joelho operado a cada momento em que fala de superação... isso sim é uma mensagem subliminar bem arquitetada! A essa altura, metade da população já deve estar engolindo (ops!) o barraco com os travecos como um momento de fraqueza, um ato de episódica depressão do pobre-menino-que-com-muita-força-de-vontade-vai-vencer-mais-essa! (...) E vem agora o anúncio de que Ronaldo será pai novamente. Pule de dez! - Resgata-se sua funcionalidade heterossexual ao mesmo tempo em que sua imagem pública é atrelada ao conceito de família. Coisa que, diga-se de passagem, nunca foi a especialidade do jogador. O cara troca de esposa e namorada como quem troca de roupa, mas nada disso importa: Ronaldo será papai! O inocente que ora repousa no útero de Bia Anthony veio para salvar o ídolo! Acho que nem Duda Mendonça me sairia com uma dessas... É genial! E muito embora eu tenha minhas ressalvas morais quanto ao anúncio, tenho que admitir: é um prato cheio para os jornalistas. Coisa de quem entende e calcula o que vai fazer na lida com a imprensa.
- A mamãe Bia Anthony, que soube recolher-se em prantos e sumir das páginas dos jornais quando a bomba (ou a biba, como preferir) explodiu, apenas para voltar semanas depois, imaculada em sua concepção. O timing foi tão perfeito que me pergunto até que ponto a gravidez não foi.... não. Não pode ter sido orquestrada. Seria cinismo demais pensar assim. Eu não sou tão duro. Mas que, intencionalmente ou não, a moça está feita para o resto da vida, isso está...
Inocente nessa história, só mesmo o pobre menino de Bento Ribeiro. Mas veja que ótimo: não é assim mesmo que todos deveríamos nos lembrar dele - "O pobre menino inocente de Bento Ribeiro?" Engraçado... eu ainda enxergo uma cachorra louca que se meteu (ops!) num motel barato com três bonecas. (...) Mas esse sou apenas eu, e meu árido coração.

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