26.9.04

Por que eu odeio o mundo neste momento...

Um amigo de boas farras adolescentes foi morto na madrugada de sexta-feira com dois tiros na cabeça durante uma estúpida tentativa de assalto. Eu recebi a notícia pouco antes de ter que veiculá-la no ar, começando o plantão de sábado. O mesmo plantão me impediu de ir ao velório e ao enterro, apressados pela família. Por conta do episódio, uma amiga com quem não falava há séculos me ligou para conversar. Foi um horror ouví-la tão arrasada. Passei o domingo de sol na rádio, mesmo sem ter programa para apresentar, por causa da transmissão de futebol. Apesar da impressão de ter coçado as bolas o dia inteiro enquanto poderia estar curtindo uma tarde linda de praia, uma questão puramente burocrática me prendeu na emissora por mais de três horas além do meu horário de saída. Por causa disso, não consegui malhar. E, cara, eu queria - eu precisava malhar neste domingo. Aliás, ainda estou teclando da rádio: morrendo de fome, e não sei se vou conseguir pegar sequer um cinema ao sair daqui. Estou um caco. Cansado, de péssimo humor, puto da minha vida, e tendencialmente homicida. Para completar, amanhã é segunda-feira, e eu sei que estou ficando gripado. Já sinto minha voz falhar. Só comente esse post se for para dizer o quanto você me ama, e quão indispensável eu sou na sua vida. Caso contrário, vá se foder, antes que eu me esqueça.
Vaya con Diós, Acrísio!
Letras Mortas está de luto.

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