2.11.04

A Ópera dos Três Vinténs

Bem... A peça foi montada em outubro na Casa das Artes de Laranjeiras. Um processo que começou com muito tesão, mas que por motivos alheios e absolutamente impessoais acabou perdendo um pouco de peso na minha avaliação. O espaço era pequeno e o horário incompatível. Como eu já não estava tecnicamente muito saftisfeito, acabei não chamando ninguém para assistir. A minha mãe foi porque se lembrou de me perguntar quando diabos eram as apresentações. A falta de publicidade me rendeu belas broncas dos amigos mais próximos, mas eu já pedi desculpas. Estou ensaiando outra. Se ficar apresentável eu juro que divulgo, tudo bem? De qualquer forma, esse aí sou eu, ou Mackie Navalha, como preferirem...Bandido, mas gente boa.

Balada do Cafetão - Música de Kurt Weill

Mackie: Bons tempos são aqueles que não voltam.
Como um casal vivíamos em harmonia,
Nos esforçando juntos de lua a lua:
Eu era o chefe e ela era a vadia.

Pode ser diferente, pode ser igual.

Quando chegava outro freguês eu lhe cedia
A cama e muito cortês eu lhe dizia:
"Meu senhor, a casa é sempre sua, por favor!"
E vendo a grana eu ria...

Foi num bordel de fina freguesia
Onde fizemos nossa moradia!

Jenny: Bons tempos são aqueles que não voltam.
Trepávamos sem conta e sem perdão.
E ele foi gastando o nosso capital,
Botando as minhas roupas todas no leilão.

Pode ser diferente, pode ser igual também.

Fiquei tão brava, não queria ficar nua.
Perguntei: "rapaz, me diz qual é a tua?"
A resposta foi uma porrada
Que me deixou por dias derrubada...

Foi num bordel de fina freguesia
Onde fizemos nossa moradia!


Então tá. Eu tenho que admitir - teatro é mais ou menos como sexo:
É bom... até quando é ruim.

Nenhum comentário: