28.8.04

Lendo sinais (ou só lá-lá)

Primeiro sinal: me avisaram para imprimir a filipeta na internet, mas fui incapaz de, navegando pelo site da festa, achar o tal panfleto.
Segundo sinal: o mesmo site dizia que a festa era uma produção da equipe Casa da Matriz. Tenho problemas sérios com a Casa da Matriz. Toda vez que eu entrava na Casa da Matriz, coisas estranhas aconteciam, e eu sempre via fantasmas. Não entro mais na casa da Matriz. Mas, enfim, a festa não era na Casa da Matriz, então pensei que tudo ficaria bem...
Terceiro sinal: expediente escuso - na falta de filipeta, liguei para a assessora de imprensa da festa. A colega jornalista me disse que tentaria colocar meu nome na porta. Quando cheguei na porta, meu nome não estava lá. Paguei entrada integral.
Quarto sinal: o lugar era um navio pirata - freqüentado apenas por marujos barbados e portentosos canhões prontos para atirar. Quase dava para sentir o cheiro de pólvora. Eu tinha me esquecido de como a Lapa concentra gente feia. Me perdoe quem gosta: a Lapa até tem um certo estilo Lato Sensu. Mas concentra gente feia.
Quinto sinal: O DJ prometeu Black Music. Tocou um James Brown, e depois entrou numa viagem completamente pessoal de procurar a batida perfeita. DJs devem fazer esse tipo de busca sonora no recesso de seus lares, jamais ao vivo. A procura da batida perfeita quase sempre provoca o tédio alheio. Tudo que o público (eu) quer(o) é um set bem amarradinho e dançante. Não rolou.
Sexto sinal: Decepcionada, a galera resolveu ir para... a Casa da Matriz!

Deu para entender a minha noite de sexta-feira?

Uma nota de agradecimento ao casal Lê e Lelê, lindos afilhados matrimoniais deste humilde porém indignado escriba, que encontraram a força necessária - mesmo compartilhando o fracasso da incursão noturna - para oferecer apoio moral contra a frustração. E me deixaram em casa bonitinho, com planos de uma noite de dança real para breve. Quem tem amigos não fica na pista. Obrigado, crianças.

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